OS
CENTROS DE INFORMAÇÃO, ASSESSORAMENTO E ASSISTÊNCIA TOXICOLÓGICA NAS EMERGÊNCIAS
QUÍMICAS Introdução | Situação atual na América Latina e no Caribe | Quais são as características necessárias para que um Centro seja útil nas emergências químicas? | Conclusão
O problema atual da grande quantidade de produtos químicos que são manipulados, transportados, armazenados e utilizados pelo homem, não deixa nenhum país do mundo sem receber o impacto que estes produtos têm sobre o ambiente e a saúde, especialmente quando estes estão envolvidas em acidentes que põem em perigo uma grande quantidade de vidas humanas e que afetam o ambiente e as propriedades. Um dos elementos que marca o êxito das atividades de resposta a uma emergência e que reduz o seu impacto, consiste em contar com meios adequados que garantam uma informação rápida, eficiente e de qualidade. Dois tipos de Centros realizam esta função: os Centros de Resposta Química e os Centros de Informação Toxicológica. A América Latina é um dos alvos principais da ação dos produtos químicos, pela grande diversidade e quantidade com que são utilizados e devido aos limitados recursos que têm os países. Nem todos podem desenvolver os dois tipos de Centros acima citados. Portanto, é muito importante que somente um tipo possa desenvolver várias funções. Os Centros de Informação Toxicológica são os mais comuns na Região. Por isso, a função de oferecer apoio nas emergências químicas são atribuídas a eles, cada vez mais. 2. Situação atual na América Latina e no Caribe
Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, México e Venezuela. Vistas as extensões territoriais e as populações existentes nestes países, vários Centros foram desenvolvidos em cada um deles; por exemplo, o Brasil tem atualmente 32 Centros, e a Argentina 15. Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Paraguai, Peru, Suriname e Uruguai. Bolívia, Honduras, Panamá e República Dominicana. Na América Latina e no Caribe, os Centros têm diferentes graus de desenvolvimento, tanto em infra-estrutura como em recursos materiais e humanos. Os profissionais dos Centros pertencem a diferentes disciplinas mas, na maioria, são médicos com formação toxicológica e farmacêuticos. Além disso, para formar grupos multidisciplinares, também foram incorporados químicos, bioquímicos, biólogos e farmacologistas. A localização dos Centros também varia. Na maioria dos casos, eles estão situados nos hospitais e nas universidades, mas também temos Centros instalados nos Ministérios da Saúde e nos Ministérios da Indústria. Os serviços prestados pelos Centros geralmente estão relacionados com a informação, o assessoramento toxicológico, ações de prevenção, capacitação, pesquisa, etc. As diretrizes de funcionamento dos Centros de Informação Toxicológica foram desenvolvidas pela Organização Mundial da Saúde, através do seu Programa Internacional de Segurança de Substâncias Químicas (IPCS/OMS) 3. Quais são as características necessárias para que um Centro seja útil nas emergências químicas?Que o pessoal seja capacitado. Que o serviço de informação toxicológica tenha bibliotecas básicas e trabalhe as 24 horas do dia e os 365 dias do ano. Que o mesmo possa alertar as autoridades, pois, em muitas ocasiões, a consulta sobre a emergência é feita diretamente ao Centro. Que a sua localização seja preferencialmente em um hospital, onde as vítimas da emergência possam ser acolhidas para receber assistência médica especializada. Que tenha um Bancos de Antídotos : O alto custo dos antídotos faz com que seja impossível que os mesmos estejam disponíveis em todos os hospitais de um país. Porém, os Centros Toxicológicos normalmente têm um banco de antídotos e, pelo menos, um estoque de emergência que pode estar disponível quando ocorrer um acidente. Que tenha um Laboratório Toxicológico : Nem todos os Centros têm Laboratórios de Toxicologia. Porém, quando tiver um Laboratório Toxilógico, em caso de emergências, este poderá ajudar na identificação do material perigoso envolvido, o que facilitará o manejo das vítimas de intoxicação e das ações que serão tomadas nos locais afetados. Que possa promover o Ensino e Capacitação : Essas são atividade nas quais os Centros podem ajudar, segundo sua experiência em substâncias químicas, durante as etapas de preparação e manuseio dos equipamentos que serão usados durante uma emergência, tanto pelos primeiros envolvidos na resposta (policiais, bombeiros, paramédicos) como pelos profissionais da saúde. Além das ações de assessoramento e assistência toxicológica, que são inerentes ao trabalho feito diariamente por um Centro de Informação, há outras atividades nas quais o Centro pode participar como membro dos grupos multidisciplinares, por exemplo: A elaboração dos planos de resposta; A criação de inventários de instalações perigosas. A participação em simulações, como meio para provar planos e capacitar a todos os que intervêm na emergência. A criação e a manutenção de bancos de dados, dos registros nacionais e regionais relativos aos relatórios das emergências. 4. ConclusãoConsiderando o anteriormente exposto, concluímos que os Centros de Informação Toxicológica são de vital importância na prevenção, preparação e resposta a uma emergência química.
|
||||||||||||||||||||||||